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Rótulos - Um verdadeiro prazer aos olhos



« Os vinhos proporcionam alegria aos tristes e audácia aos tímidos ».   Com essa frase, o autor grego Dithyrambo, descreve bem o prazer que essa bebida representa aos seus amantes.  Em meio a tintos, brancos , rosés, estão entrelaçadas histórias, contos, e tudo o que envolve sentimentos que podem ser retratados em seus rótulos.

Adriano Ramos Pinto, tradicional produtor de vinhos do Porto, para a glória dos seus vinhos e proveito da sua exportação, realizava encomendas aos melhores especialistas estrangeiros e nacionais para retratar  a  arte dos seus rótulos. Durante inúmeras viagens pela Europa, Ramos Pinto frequentava museus, os quais o inspiravam; sobretudo os modelos acadêmicos de erotismo sugestivo, transformando-se numa forte marca dos seus rótulos. Em 1910, lançou sua primeira campanha que delimitava imagens da Roma antiga passando pelo Oriente lascivo. Uma das figuras soava exuberante aos olhos de quem percorria os labirintos na escolha do rótulo. A figura retratava a cena de um banquete farto, onde havia uma mulher seminua, coroada de rosas, nos braços de um homem que guardava em suas mãos uma taça de vinho.




Esse parece ter sido um dos ousados rótulos que destacava com arte a boemia real. Foi assim que Ramos Pinto, além de produzir excelentes vinhos do Porto, ganhou destaque entre os apaixonados da bebida que consagrou Portugal no mundo do vinho. Seus rótulos sempre foram cercados de figuras sedutoras, homens e mulheres. Nomes ilustres de artistas locais, como Pedro de Fiqueiredo e Carlos Gomes Fernandes, entre outros, marcaram os renomados rótulos Ramos Pinto.O detalhes é que esses grandes artistas na época não recebiam cachês!


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